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Baixa Autoestima: Sinais, Causas e Como Resgatar Seu Amor-Próprio

  • aleexandraqueirozp
  • 20 de mar.
  • 4 min de leitura
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A baixa autoestima é uma das maiores causas de sofrimento emocional nos dias de hoje. Silenciosa e muitas vezes invisível, ela mina a autoconfiança, corrói o amor-próprio e afeta todos os aspectos da vida: relacionamentos, carreira, decisões e até a saúde mental. Neste artigo, você vai entender o que é a baixa autoestima, identificar seus principais sinais, compreender suas causas profundas e descobrir como fortalecê-la de maneira verdadeira e duradoura.


O que é baixa autoestima?

Ter baixa autoestima significa não reconhecer o próprio valor. É viver se sentindo inferior, inseguro, inadequado ou incapaz — mesmo diante de evidências do contrário. Muitas vezes, a pessoa com baixa autoestima até alcança conquistas, mas não consegue se sentir merecedora delas.

A autoestima não é apenas um “sentir-se bem consigo mesmo” superficial. Ela é o alicerce da identidade emocional. Quando está abalada, o indivíduo se desconecta da própria essência, se autocritica com dureza e permite que outras pessoas ultrapassem seus limites.

Assim como na dependência emocional, a baixa autoestima pode ser consciente — quando a pessoa percebe que não gosta de si — ou inconsciente, quando atribui suas dificuldades a fatores externos, sem perceber o quanto a autopercepção negativa está afetando sua vida.


Sinais de baixa autoestima

Reconhecer os sinais de baixa autoestima é essencial para começar o processo de transformação. Veja alguns dos mais comuns:

  • Dificuldade de reconhecer suas qualidades e conquistas.

  • Medo excessivo de errar ou de ser julgado.

  • Comparação constante com os outros.

  • Sentimentos frequentes de inadequação e inferioridade.

  • Dificuldade de se impor ou dizer “não”.

  • Busca incessante por aprovação externa.

  • Sensação de não merecer amor, sucesso ou felicidade.

  • Tolerância a relações abusivas ou desrespeitosas.

  • Autossabotagem e procrastinação.

  • Críticas internas duras, como “não sou capaz”, “sou um fracasso”, “nunca vou conseguir”.

Esses comportamentos e pensamentos indicam uma insegurança emocional profunda, muitas vezes invisível até para quem sofre com ela.


Causas da baixa autoestima

A baixa autoestima raramente nasce do nada. Ela é construída ao longo da vida, especialmente na infância. Algumas causas frequentes são:

  • Críticas excessivas ou rejeição por parte dos pais ou cuidadores.

  • Experiências de bullying, humilhação ou comparação na escola.

  • Falta de incentivo ou valorização das conquistas pessoais.

  • Relacionamentos abusivos que reforçam sentimentos de incapacidade.

  • Pressão estética ou padrões irreais de sucesso e beleza.

  • Abandono emocional e falta de validação.

Com o tempo, essas experiências moldam a maneira como a pessoa se enxerga. Mesmo que a realidade atual seja diferente, a voz interna crítica permanece.

Conhecer seus valores estruturais, inegociáveis e negociáveis fortalece sua autoestima

Uma das grandes causas da baixa autoestima é a desconexão com os próprios valores essenciais. Muitas pessoas não sabem o que é realmente importante para si — vivem no modo automático, dizendo "sim" quando querem dizer "não", ou se adaptando ao outro mesmo quando isso fere sua integridade. Esse padrão de comportamento mina o amor-próprio e alimenta a insegurança emocional.

Para resgatar sua autoestima, é essencial identificar três tipos de valores que atuam como bússola emocional:

🔹 Valores estruturais

São valores fundamentais para sua saúde emocional, que sustentam quem você é por dentro. Quando você age contra eles, sente um incômodo interno, uma sensação de estar indo contra si mesmo — mesmo que nem sempre perceba isso de imediato.

👉 Exemplo: você valoriza respeito mútuo, mas começa a tolerar desdém, ironias ou humilhações em um relacionamento. No começo você silencia, mas depois se sente ansioso, desconectado de si, sem saber por quê.

 🔹 Valores inegociáveis

São os valores estruturais que você já reconheceu como princípios absolutos para sua vida. São suas linhas vermelhas. Abrir mão deles representa uma ruptura consigo mesmo.

👉 Exemplo: se a honestidade é inegociável para você, jamais aceitará compactuar com mentiras ou jogos duplos, mesmo que isso custe relacionamentos ou oportunidades. Violá-los significa perder sua própria essência.

 🔹 Valores negociáveis

São importantes, mas flexíveis. Abrir mão deles, em determinadas circunstâncias, não fere sua estrutura emocional. É possível negociar sem se anular.

👉 Exemplo: você valoriza sua rotina matinal, mas aceita alterá-la por um evento especial. Isso não te fere nem te desequilibra.

 

Comparativo entre os tipos de valores:


Tipo de valor

Violação causa dor?

A pessoa cede com frequência?

Adoecimento emocional?

Consciente da importância?

Estruturais

    Sim

Às vezes, por medo ou hábito

Sim, a

médio/longo   prazo

Nem sempre

Inegociáveis

Sim (e mais           intensa)

Raramente, resiste fortemente

   Sim imediato

Sim, com clareza

Negociáveis

     Não

Sim, com bom senso

Não

Sim

 

Como melhorar a autoestima?

Melhorar a autoestima é um caminho que exige paciência, consistência e muito autoconhecimento. Veja algumas estratégias importantes:

  • Terapia: Um processo terapêutico ajuda a identificar crenças negativas sobre si mesmo e substituí-las por percepções mais saudáveis.

  • Autocompaixão: Tratar-se com gentileza, acolher os próprios erros e falhas como parte da vida humana.

  • Estabelecer limites: Aprender a dizer “não” e se afastar de pessoas que diminuem seu valor.

  • Reescrever sua história: Reconectar-se com suas conquistas, habilidades e potenciais.

  • Praticar o autoconhecimento: Quanto mais você se conhece, mais autêntico e forte emocionalmente você se torna.

  • Cuidar do corpo e da mente: Atividades físicas, boa alimentação, descanso e práticas de relaxamento ajudam na percepção positiva de si mesmo.


O valor do amor-próprio

Cultivar o amor-próprio é voltar a ocupar o lugar central da própria vida. É compreender que ninguém pode nos dar o que precisamos aprender a nos dar: respeito, cuidado, acolhimento.

Uma autoestima saudável não significa se sentir superior, mas se sentir inteiro — com falhas e virtudes. É um processo de reconexão com quem se é de verdade.

Se você se identificou com este texto, saiba que é possível mudar. Você não precisa continuar vivendo à sombra da sua grandeza. A baixa autoestima pode ser superada com acompanhamento, empenho e desejo genuíno de transformação.

 
 
 

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Alexandra Queiroz - Psicanalista

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